Infraestrutura logística de SC demanda investimento de R$ 57 bilhões até 2029
Estudo apresentado pela Federação das Indústrias (FIESC) apontou ainda que 75% dos investimentos devem vir da iniciativa privada
Para que a infraestrutura de transportes de Santa Catarina seja capaz de atender às demandas da indústria, será preciso investir R$ 57 bilhões entre 2026 e 2029 em obras já mapeadas. A estimativa é da “Agenda Estratégica para Infraestrutura e Transporte” da Federação das Indústrias (FIESC), que traz um levantamento sobre as necessidades de cada modal de transporte e elenca as obras prioritárias para a entidade industrial. O documento aponta ainda que 75% dos investimentos devem vir da iniciativa privada.
As rodovias vão demandar a maior parte dos R$ 57 bilhões necessários até 2029. Somente o modal rodoviário deve demandar R$ 40,2 bilhões em investimentos nas estradas que cortam o estado. Na sequência, aparecem o setor ferroviário, com necessidade estimada de R$ 9,9 bilhões, o aquaviário, com R$ 4,89 bilhões, e o dutoviário, que requer R$ 873,1 milhões. Já o modal aeroviário deve receber R$ 991,9 milhões no período.
A iniciativa privada deve ser responsável por R$ 42,6 bilhões dos R$ 57 bilhões estimados. Entre os investimentos previstos pelo setor estão as obras de ampliação dos Portos de Navegantes e de Itapoá, além de parceria público-privada (PPPs) como a da dragagem e aprofundamento do canal de acesso à Baía da Babitonga.
Também entram nessa conta os aportes em rodovias — como BR-101 Norte e Sul e BR-116 — e nos aeroportos concessionados de Florianópolis e Jaguaruna. Do total previsto, a origem dos recursos se distribui entre R$ 6,2 bilhões da esfera federal, R$ 7,96 bilhões do governo estadual, R$ 194,4 milhões dos municípios e R$ 42,6 bilhões provenientes da iniciativa privada.
OBRAS PRIORITÁRIAS PARA SANTA CATARINA
No documento, a FIESC detalhou quais são as prioridades na visão da entidade. Para a Federação, a conclusão das obras de duplicação das rodovias BR-470 e BR-280 está entre as mais urgentes e relevantes. A manutenção de rodovias federais, a adequação de capacidade das BRs 282 e 163 e ainda a conclusão da BR 285 estão entre os destaques. Para a FIESC a previsibilidade dos recursos para uma boa gestão das obras é fundamental para garantir o cumprimento de prazos.
Considerando os portos, os investimentos prioritários são a 2ª etapa da bacia de evolução e canal de acesso ao complexo portuário de Itajaí, a recuperação e ampliação dos molhes de Imbituba e o aprofundamento do canal de acesso à Baía da Babitonga (PPP).
Para o presidente da FIESC, Gilberto Seleme, o montante necessário representa um desafio, diante da escassez de recursos e da falta de previsibilidade orçamentária, especialmente nos projetos que dependem de recursos da União. “Precisamos fazer um grande esforço e unir toda a sociedade catarinense, as entidades empresariais, o executivo e nossos parlamentares para uma grande mobilização em prol da melhoria da nossa infraestrutura. Esse é um tema estratégico, que hoje afeta negativamente todos os setores econômicos, comprometendo a competitividade do estado, a geração de emprego e renda e o desenvolvimento socioeconômico catarinense”, afirmou.
NOVOS EMPREENDIMENTOS SURGEM EM MEIO À AGENDA DE OBRAS PRIORITÁRIAS
Enquanto a FIESC lista intervenções consideradas essenciais para rodovias, ferrovias e acessos portuários, novos projetos privados avançam paralelamente no litoral catarinense. Em Navegantes, um dos destaques é o Ciway 470, complexo logístico de mais de 200 mil m² de área construída em um terreno superior a 250 mil m².
O empreendimento está localizado entre os portos de Navegantes e Itajaí, região que registrou crescimento de 5,23% na movimentação de cargas no primeiro semestre de 2025, além de um avanço de 12,4% no setor de contêineres, somando 1,34 milhão de TEUs no período. Nesse mesmo semestre, apenas a Portonave movimentou 4,8 milhões de toneladas.
Fonte: Redação - Mundo Logística
Via: Agência Logística de Notícias
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