GBM Day reúne mais de 100 executivos e reconhece os melhores terminais do Porto de Santos

Evento realizado pela GBM, empresa da nstech, promoveu painéis técnicos, dinâmicas colaborativas e a segunda edição do Prêmio GBM x FIPS

GBM Day reúne mais de 100 executivos e reconhece os melhores terminais do Porto de Santos
CEO da GBM e sócio da nstech, Guilherme Macário, no GBM Day - Photo: (Divulgação)

O Porto de Santos é o maior porto do Brasil e movimentou mais de 155,5 milhões de toneladas entre janeiro e outubro de 2025. Para discutir as realizações desse gigante logístico, a GBM reuniu mais de 100 executivos para o “GBM DAY” com painéis técnicos, dinâmicas colaborativas e a segunda edição do Prêmio GBM x FIPS.

O CEO da GBM e sócio da nstech, Guilherme Macário, apresentou os principais resultados do Porto de Santos. De acordo com ele, a operação acumulou 69,9 milhões de toneladas embarcadas de soja, milho, farelo e açúcar — volume duas vezes maior que o segundo colocado, Paranaguá.  

Apenas em descarga de granel e importação de fertilizantes, o porto movimentou 437 mil vagões entre 1º de janeiro e 20 de novembro e atingiu 36 milhões de toneladas. A média diária do porto chegou a 1,34 mil vagões por dia, com produtividade média de 96,5 vagões por hora.  

Na participação das ferrovias, a Rumo liderou, responsável por 82% dos volumes, seguida pela MRS (11%) e pela VLI (7%). Mesmo com os resultados expressivos, Macário ainda apontou as expectativas para o crescimento da operação nos próximos anos. “Para o terminal, esperamos moegas sempre prontas para operar na sua capacidade máxima. Já a missão das ferrovias é planejar, sincronizar e abastecer moegas com maior eficiência”, explicou.  

O executivo também destacou a importância da segurança em operações portuárias, ressaltando que, apesar da GBM ser reconhecida pelos softwares, a preocupação maior da companhia é a segurança dos colaboradores. “Se a gente quer bater recorde e operar mais, precisamos olhar melhor para essa questão de segurança”, completou.

Além disso, Macário revelou os planos para o “Tracking on Time”, solução que acompanha e otimiza da produtividade das operações em todos os modais de transporte. A otimização do software contará com login unificado e todos os módulos dentro da mesma plataforma para facilitar a gestão das empresas que já o utilizam.  

Ele descreveu o “New Tot” como mais rápido, seguro e inteligente. “O ‘New Tot’ é uma nova plataforma, que irá apoiar todas as operações nos próximos anos e será totalmente conectada à TNS”, comentou.

LOGÍSTICA CONECTADA

Em seguida, o CEO da nstech, Vasco Oliveira, apresentou a TNS (Transportation Network System) — o mais recente lançamento da companhia que promete uma logística integrada e conectada.  

Segundo o executivo, você pode ter até doze responsáveis diferentes por uma viagem de mil quilômetros, desde o embarcador, passando pelo motorista, a corretora de seguro, até a varejista ou o receptor do produto. Diante dessa complexidade, o executivo provocou: “Como fazemos para automatizar todo esse processo por meio da tecnologia?”, questionou.

É justamente nesse contexto que nasce a TNS, descrita por Oliveira como uma plataforma que conecta toda a logística, desde a fazenda até o navio. “A proposta é ser muito mais do que simplesmente uma plataforma de tecnologia. É colocar empresas do mesmo setor, inclusive concorrentes, na mesma mesa para rediscutir processos.”

Com R$ 17 trilhões de mercadoria e 366 bilhões de fretes contratados por meio do ecossistema da nstech, o CEO da empresa afirmou que a TNS significa “menos fila, menos custo, menos tempo de caminhão parado, aumento de visibilidade, menos cancelamento”, disse.

PRÊMIO GBM X FIPS

O GBM Day finalizou com a segunda edição do Prêmio GBM x FIPS, que reconhece os terminais que se destacaram, em 2025, em cinco categorias: segurança, aumento de volume operacional, aumento de produtividade, regularidade operacional e estabilidade operacional.

Além disso, o TGG foi premiado na nova categoria do prêmio de “Inovação”, que destaca terminais que impactaram a logística no setor no último ano.

SEGURANÇA

O destaque da “Segurança” foi calculado através da soma da quantidade de acidentes e incidentes ocorridos em 2025, ponderados por grau de risco — foi utilizado o fator de proporcionalidade de volume para equiparação de terminais. Na categoria, o prêmio foi entregue ao Terminal XXXIX.

Em entrevista para a MundoLogística, o coordenador de Operação da companhia, Nilton Coletta, destacou que a questão de segurança é levada muito a sério no terminal. “Ter os dois troféus que nós ganhamos, e principalmente o de primeiro lugar em segurança, para nós é uma vitória, porque o importante para nós é que todo mundo volte para casa com segurança”, disse.

REGULARIDADE OPERACIONAL  

Na categoria de “Regularidade Operacional” foi premiado o terminal mais regular em comparação com o próprio benchmark, considerando dias com ofertas superiores a 12 horas.

A GBM observou que foi utilizado o fator de proporcionalidade de volume para equiparação de terminais e considerados apenas terminais com crescimento de volume operacional descarregado ou decréscimo de até 1% em comparação a 2024.

O ganhador foi o terminal TEG e o gerente sênior de Operações da empresa, Vinicius Alves, afirmou que o prêmio é a prova de que a metodologia dos processos e dos padrões de segurança da companhia estão no caminho certo. “Isso prova a capacidade de manter um alto nível de desempenho dia após dia sobre as diversas condições operacionais”.

Ele ainda completou que o evento foi importante para trazer informações do que cada um dos terminais está buscando em tecnologias, em métodos, em processos. “Isso é uma oportunidade para a gente trocar e fazer esse benchmark entre os terminais. Assim, é possível trazer novas metodologias para dentro de casa e até demonstrar aquilo que você está fazendo e tentar também levar isso para um outro player”, destacou.

ESTABILIDADE OPERACIONAL  

A Cutrale recebeu o prêmio na categoria “Estabilidade Operacional” por se destacar na razão entre o tempo total de paradas do terminal e o tempo total ofertado. Para a analista de Operações Portuárias do terminal, Milena Ribeiro, a premiação revela que a Cutrale é uma empresa super confiável de se trabalhar. “Mesmo diante de todas as adversidades que se tem na operação do dia a dia, a gente consegue ter comprometimento com aquilo que a gente se propõe a fazer”, afirmou.  

O coordenador de Logística do terminal, Leandro Gil, completou essa visão. “A nossa disciplina ao longo do ano fez com que fosse possível a gente obter esse reconhecimento. E a gente vai para 2026 com a mesma garra, buscando obter de novo esse prêmio.”

CRESCIMENTO DE VOLUME OPERACIONAL E AUMENTO DE PRODUTIVIDADE

Já a COFCO saiu com dois prêmios: crescimento de volume operacional e aumento de produtividade. O primeiro reconheceu o terminal com a maior variação percentual correspondente à quantidade de vagões descarregados no terminal entre 2024 e 2025 e o segundo apontou a diferença entre a produtividade média geral de 2024 contra a produtividade média obtida em 2025.

Na visão do analista de logística da COFCO, Gabriel Simões, esse resultado é reflexo do trabalho do terminal de união entre as equipes: “A gente tem um alinhamento, das áreas muito grande, tanto no terminal, com logística, com o time de planejamento. A gente trabalha todo mundo junto e eu acho que essa união é muito importante para todo mundo saber para onde remar, para a direção de ir”, afirmou.

CONEXÃO ENTRE FERROVIAS E PORTOS

No GBM Day, a Ferrovia Interna do Porto de Santos (FIPS) marcou presença em dois painéis técnicos. Durante o “Evoluções tecnológicas de 2025”, o gerente de Planejamento da FIPS, Tiago Nunes, afirmou que a eficiência nasce da tecnologia, evolui com inovação e fortalece pela integração.

Por isso, o executivo apresentou o projeto do “Anexo 6”, que é dividido em seis etapas e irá transformar a operação do Porto de Santos. “É um anexo ao contrato da FIBS, que fala principalmente de integração de informação, de digitalização dessa informação, de transparência, e garantir que todos os envolvidos no nosso processo, sejam terminais, sejam ferrovias associadas, sejam os órgãos que nos regulam, tenham acesso a essa informação de forma transparente”, explicou.

Atualmente, no terceiro passo, a FIPS apresentou o OPC, um otimizador de planejamento, programação e circulação da Ferrovia Interna do Porto de Santos. Para ele, isso significa uma mudança de uma programação analógica para uma programação otimizada. “O OPC vai nos trazer, dado todo o contexto do momento, de terminais, de produtividade, de chegada de trens, de ocupação do cenário portuário, ele vai trazer qual é a melhor distribuição das ofertas para aquele momento”, ressaltou

Além disso, o diretor Administrativo Financeiro da FIPS, Rafael Hipólito, trouxe que a FIPS tem a missão de, no mínimo, dobrar a capacidade ferroviária do porto até 2030. Isso seria possível por meio de um “modelo de gestão e implementação de estratégia”.

“Para a gente chegar onde a gente quer chegar, tem que ser um sistema integrado. Ninguém vai conseguir fazer sozinho. Então, são terminais associadas e as ferrovias juntas que vão conseguir gerar essa capacidade lá em 2030”, completou.

VISIBILIDADE NAS OPERAÇÕES

Para finalizar a etapa de painéis, a gerente geral de Soluções de Valor ao Cliente da VLI, Ana Borges, comentou sobre a visibilidade e melhoria da produtividade nas operações.

Atualmente, para a companhia atuar com excelência em oito mil km de ferrovia e em sete estruturas de operações portuárias, via um modelo baseado em transparência, agilidade e confiabilidade.

Um dos exemplos citados pela executiva durante a fala é o processamento do fluxo de combustíveis no Norte, que buscava melhorar a operação de combustíveis na região — que enfrentava desafios como falta de dados e múltiplas interfaces.  

Por meio de um trabalho de mapeamento de dados e padronização, a VLI registrou uma redução de nove horas mensais no ciclo do fluxo de combustível para os três principais destinos: Marabá, Açailândia e Porto Nacional. “Esse trabalho é multidisciplinar, com cinco clientes e três destinos envolvidos, exigindo integração para alcançar resultados”, comentou. “A visibilidade com tecnologia e notificação tem muito valor, porque transforma a relação em ganha-ganha.”

DINÂMICAS  

O GBM Day seguiu com uma dinâmica com diversos executivos do setor que comparou a cadeia logística a uma corrida de revezamento. Em “Da porteira ao porto: quais as iniciativas para um escoamento mais eficiente?”, cada elo precisou “passar o bastão” com rapidez para garantir fluidez até o porto.

Participaram das discussões: o head de Logística da Amaggi, Anilton Carmo; o diretor de Operações da FIPS, Edison Citelli; o diretor Comercial e de Negócios da CLI, Marcos Pepe; o diretor de Agronegócio da nstech, Thiago Cardoso; e o diretor de Operação e Manutenção da Rumo, Bruno Casarini.

Casarini inclusive explicou que, quando se olha para logística do agronegócio, nunca se pode perder a visão de integração, já que é uma cadeia integrada. “Por isso, o nível de complexidade que envolve toda essa gestão é muito grande”, completou.

Em seguida, o ex-tenista Fernando Meligeni o jornalista André Kfouri, conversaram sobre a carreira do atleta e compararam desafios da vida dos profissionais do esporte e do mundo corporativo.  

Meligeni destacou principalmente a questão da importância do sucesso com a construção de um time consolidado. “Eu não consigo olhar qualquer tipo de profissão e achar que é individual. Nem o esporte individual, nem a pessoa que trabalha numa empresa: nunca é individual”, disse 

 

Fonte: Redação - Mundo Logística

Via: agência Logistica de NNotícias

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