Isenção do quartzito impulsiona cooperação Brasil-EUA para conter efeitos da tarifa sobre a construção nos dois países

Coluna Luís Celso Borges - Edição de domingo

Isenção do quartzito impulsiona cooperação Brasil-EUA para conter efeitos da tarifa sobre a construção nos dois países
Alex Strong ( Senior Director, Federal Legislative Affairs of National Association of Home Builders - NAHB), Jim Hieb (CEO of the Natural Stone Institute - NSI) e Fábio Cruz (Vice President of Centrorochas) Photo: (Divulgação) Centrorochas

Na sexta-feira (1º de agosto), representantes do setor brasileiro de rochas naturais liderados pela Associação Brasileira de Rochas Naturais (Centrorochas) participaram de uma agenda oficial na Embaixada do Brasil em Washington para a entrega simbólica de uma carta à National Association of Home Builders (NAHB) e ao Natural Stone Institute (NSI). O documento, assinado conjuntamente pelas três entidades, reforça o pedido de inclusão de novos materiais de origem brasileira na lista de exceções à tarifa adicional de 40% imposta pelos Estados Unidos às importações brasileiras.

A ação marca mais um passo nas articulações lideradas Centrorochas desde o anúncio da medida, em 09 de julho. Recentemente, o setor obteve um importante avanço com a confirmação da isenção do HTSUS 6802.99.00 – categoria que abrange o quartzito, principal produto exportado pelo Brasil. O material, amplamente utilizado na construção civil e em acabamentos de alto padrão, respondeu por cerca de 50% das exportações brasileiras para o mercado norte-americano em 2024.

Durante a cerimônia, que reuniu representantes de empresas brasileiras, autoridades locais, parceiros institucionais e o presidente da Anfacer, Maurício Borges, foi destacado o impacto direto que a tarifação pode gerar no setor da construção americana. Segundo dados preliminares da própria NAHB, a manutenção da tarifa pode elevar significativamente o custo médio da construção para as construtoras nos Estados Unidos. O impacto final para o consumidor ainda está em avaliação, mas já preocupa entidades do setor e distribuidores de materiais de acabamento.

Com a assinatura simbólica do documento e a união das três entidades em torno do mesmo pleito, a expectativa é sensibilizar o USTR (United States Trade Representative) sobre a importância de manter o fluxo comercial entre os dois países e evitar impactos negativos sobre empregos, contratos e investimentos em ambos os lados.

Centrorochas: presença institucional ativa

Reconhecida como entidade representativa do setor exportador de rochas do Brasil, a Centrorochas reúne mais de 230 empresas associadas e apoiadas. Atua de forma estratégica junto a organizações internacionais como NSI (EUA), Confindustria Marmomacchine (Itália), Assimagra (Portugal) e IMMIB (Turquia), e é responsável pelo programa de promoção internacional “It’s Natural – Brazilian Natural Stone”, realizado em parceria com a ApexBrasil. (Fotos e fonte: Ascom/Centrorochas).

COP 30

O presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), embaixador André Corrêa do Lago, reiterou na sexta-feira (1º) que o evento será realizado em Belém, capital do Pará. O embaixador afirmou que o Brasil está atuando para garantir que todos os países, em especial os mais pobres, consigam participar da conferência, marcada para ocorrer entre 10 e 21 de novembro.https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1652933&o=node https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1652933&o=node

A declaração foi feita durante evento com jornalistas para marcar a proximidade dos 100 dias da realização da COP30 (2 de agosto). “A COP vai ser em Belém, o encontro de chefes de Estado vai ser em Belém e não há nenhum plano B. O que aconteceu foi uma reunião de emergência e os representantes dos países disseram ter uma preocupação muito grande por causa dos preços de hospedagem em Belém e que esses preços estão muitíssimo acima de qualquer aumento que houve em qualquer outra COP”, relatou o embaixador.

No dia 29 de julho, foi realizada uma reunião de emergência com Organização das Nações Unidas (ONU) convocada por alguns países para falar sobre os preços abusivos de hotéis em Belém (PA). Na ocasião, os representantes chegaram a questionar a possibilidade de transferência da sede do evento. (Fonte: Agência Brasil).

Clube Naval promove concurso de artigos científicos para público civil

“A contribuição da Marinha do Brasil para o desenvolvimento científico-tecnológico brasileiro a partir de suas necessidades operativas” é o tema do Concurso Almirante Paulo Moreira da Silva deste ano, promovido pelo Clube Naval (CN). O prazo para entrega dos trabalhos é 29 de agosto, no Departamento Cultural da sede social do CN, no Rio de Janeiro (RJ). O ganhador receberá um certificado e o prêmio de R$ 10 mil.

Podem participar alunos civis de cursos de graduação, de especialização e de pós-graduação do Brasil, desde que não integrem a estrutura organizacional do Clube Naval. As instituições de ensino superior às quais estão vinculados os estudantes precisam ser reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC).

Os documentos necessários e as informações detalhadas estão disponíveis no regulamento. A avaliação ficará a cargo de uma comissão julgadora formada por três especialistas designados pelo CN. A cerimônia de premiação está prevista para o Dia da Amazônia Azul, comemorado em 16 de novembro ou em data próxima. A participação no concurso implica a cessão total dos direitos autorais da obra ao Clube, bem como a autorização do uso de imagem e nome do autor em quaisquer mídias e formatos. (Fonte e foto: Agência Marinha de Notícias).

ACONTECIMENTOS

BRASIL - Cooperativas agropecuárias brasileiras faturaram R$ 438,2 bilhões em 2024, alta de 3,6%, com sobras de R$ 30,2 bilhões, aumento de 48%, impulsionadas pela agroindústria e valorização das commodities. Os ativos cresceram 12%, totalizando R$ 307,5 bilhões, com destaque para investimentos em armazenagem e transição energética. (Organização das Cooperativas Brasileiras)

Quase metade das exportações brasileiras aos EUA ficaram isentas da tarifa extra de 40%, totalizando US$ 18,4 bilhões em 2024, ou 43,4% dos US$ 42,3 bilhões exportados. A lista exclui produtos estratégicos para os EUA como petróleo, energia, insumos industriais e aviões da Embraer, mas deixa culturas como o café de fora. (Amcham Brasil)

Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes estima que os exportadores brasileiros de carne bovina podem perder até US$ 1 bilhão com a tarifa de 50% anunciada pelos EUA, segundo maior destino do produto após a China. (Abiec)

ARGENTINA - Governo anunciou redução permanente dos impostos de exportação em até 26%, com alíquotas de carne caindo de 6,75% para 5%, milho e sorgo de 12% para 9,5%, girassol de 7,5% para 5,5%, soja de 33% para 26% e subprodutos da soja de 31% para 24,5%. (Sociedade Rural Argentina)

Argentina enviará em 15 de agosto o primeiro carregamento de milho para a China, com 24.718 toneladas a bordo do navio, após Pequim aprovar as importações do grão argentino em 2023. (Associação de Cooperativas Argentinas; Câmara Argentina do Milho)

Safra 2025 de cana-de-açúcar já ultrapassou 10 milhões de toneladas moídas, com destaque para Tucumán, que processou 7,79 milhões, produziu 508,7 mil toneladas de açúcar e 120 milhões de litros de álcool hidratado, dos quais 69 milhões foram desidratados para biocombustíveis. (Instituto Tucumano para a Promoção do Açúcar e do Álcool)

MÉXICO - Apenas 10% da agricultura mexicana usa práticas regenerativas, o que pode levar a perdas de até 50% na produção de milho e trigo até 2080. Segundo o Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo e o Grupo Bimbo, essas técnicas reduzem custos, aumentam produtividade e mitigam mudanças climáticas, mas enfrentam barreiras como falta de infraestrutura e financiamento. O Grupo já aplica o modelo em 300 mil hectares e quer chegar a 500 mil até 2026. (Grupo Bimbo; Cimmyt)

Produtores agrícolas de Jalisco terão suas concessões de água vencidas devolvidas por decreto da presidente Claudia Sheinbaum, mediante acordo para doação parcial da água a municípios com escassez, como Ameca. (Sader; Conagua).

PARAGUAI - Paraguai lançou missão oficial à Finlândia, liderada pelo presidente Santiago Peña, para atrair investimentos e abrir mercados para o setor florestal, buscando transformar os atuais 300 mil hectares florestados em até 3 milhões, gerar empregos e integrar-se às cadeias globais de valor com produtos de madeira processada, em parceria com empresas finlandesas e representantes da indústria local. (Federação Paraguaia de Madeireiros)

Área plantada com soja no Chaco Paraguaio caiu 45.591 hectares em 2025 pois produtores migraram para culturas como algodão devido à seca. (Inbio). (Fonte: Agri Brasilis).

Um maravilhoso e abençoado domingo a todos, a coluna volta no quarta-feira. “Deus é Bom – Em todo tempo”.

Via: Agência Logistica de Notícias

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